Contextualização
15-05-2015 15:16
Guerra dos 100 anos
A expressão guerra dos 100 anos, surgida em meados do século XIV, identifica uma série de conflitos armados, registrados de forma intermitente, durante o século XIV e o século XV (de 1337 a 1453, concordando com as datas convencionais), envolvendo a França e aInglaterra. Embora a guerra tenha durado 116 anos o tempo foi arredondado para 100. A longa duração desse conflito explica-se pelo grande poderio dos ingleses de um lado e a obstinada resistência francesa do outro. Ela foi a primeira grande guerra europeia que provocou profundas transformações na vida econômica, social e política da Europa Ocidental. A França foi apoiada pela Escócia,Boêmia, Castela e Papado de Avinhão. A Inglaterra teve por aliados os flamengos, alemães e portugueses. A questão dinástica que desencadeou a chamada Guerra dos Cem Anos ultrapassou o caráter feudal das rivalidades político-militares da Idade Média e marcou o teor dos futuros confrontos entre as grandes monarquias europeias.
Grande cisma do Ocidente
Algum tempo depois de um sério confronto pelo poder entre o Papa Bonifácio VIII, que esteve à frente da Igreja entre 1294 e 1303, e o monarca francês Felipe IV, a sede do Papado foi transferida para Avignon, dando início ao que se conhece como o Cativeiro de Avignon, que se prolongou de 1309 a 1377. O soberano da França obrigou o sucessor deste pontífice a se instalar em território francês, deixando vago o trono do Papa em Roma.
O Grande cisma do Ocidente provocou uma cisão no interior da Igreja Católica no período que vai de 1378 a 1417. Este movimento teve início justamente a partir do encerramento da era pontifical em Avignon, porém não foi provocado por razões estritamente religiosas, mas sim por fatores de ordem política. Em 1377 o mais novo pontífice francês decidiu retornar para Roma, aonde ele veio a falecer no dia 27 de março de 1378.
Os italianos, empolgados pela iniciativa de Gregório XI, clamaram pela eleição de um novo papa italiano, e pelo retorno decisivo da sede do Papado para Roma. Sob pressão, os cardeais optaram pelo até então obscuro Bartolomeo Prigano, Arcebispo de Bari, um simples líder da chancelaria papal localizada em Avignon. Ele assumiu o pontificado como Urbano VI, nome aceito por todos, uma esperança de pacificação no interior do catolicismo.
Descobrimentos Portugueses
Os descobrimentos portugueses foram o conjunto de conquistas realizadas pelos portugueses em viagens e explorações marítimas entre 1415 e 1543 que começaram com a conquista de Ceuta em África. Os descobrimentos resultaram na expansão portuguesa e deram um contributo essencial para delinear o mapa do mundo, impulsionados pela Reconquista e pela procura de alternativas às rotas do comércio no Mediterrâneo. Com estas descobertas os portugueses iniciaram a Era dos Descobrimentos europeus que durou do século XV até ao XVII e foram responsáveis por importantes avanços da tecnologia e ciência náutica, cartografia e astronomia, desenvolvendo os primeiros navios capazes de navegar em segurança em mar aberto no Atlântico.
Embora com antecedentes no reinado de D. Dinis (1279) e nas expedições às Ilhas Canárias do tempo de D. Afonso IV, é a partir da conquista de Ceuta em 1415, que Portugal inicia o projecto nacional de navegações oceânicas sistemáticas que ficou conhecido como "descobrimentos portugueses".
Guerra dos Trintas anos
A Guerra dos Trinta Anos (1618-1648) é a denominação genérica de uma série de guerras que diversas nações europeias travaram entre si a partir de 1618, especialmente na Alemanha, por motivos variados: rivalidades religiosas, dinásticas, territoriais e comerciais.
As rivalidades entre católicos e protestantes e assuntos constitucionais germânicos foram gradualmente transformados numa luta europeia. Apesar de os conflitos religiosos serem a causa direta da guerra, ela envolveu um grande esforço político da Suécia e da França para procurar diminuir a força da dinastia dos Habsburgos, que governavam a Áustria. As hostilidades causaram sérios problemas econômicos e demográficos na Europa Central e tiveram fim com a assinatura, em 1648, de alguns tratados que, em bloco, são chamados de Paz de Vestfália.
Os conflitos religiosos ocorridos na Alemanha e solucionados em 25 de setembro de 1555 com a assinatura da Paz de Augsburgo inauguraram um período no qual cada príncipe podia impor sua crença aos habitantes de seus domínios. O equilíbrio manteve-se enquanto os credos predominantes restringiam-se à religião católica e luterana, mas o advento do calvinismo complicaria o cenário. Considerada uma força renovadora, a nova linha religiosa conquistou diversos soberanos. Os jesuítas e a Contra-Reforma, por outro lado, contribuíram para que o catolicismo recuperasse forças. Assim nasceu o projeto expansionista dos Habsburgos, idealizado por Fernando, duque de Estíria, que fora educado pelos jesuítas. O perigo ameaçava tanto as potências protestantes no Norte como a vizinha França.